Angustiante, porém enobrecedor.
O sentimento da precípua base,
coloca-me no lugar de todos,
onde não há ninguém.
No furto da alteridade
perde-se na própria dor,
no ressentimento de ser.
Ser o que quer na tentativa
de ocultar o que realmente é.
Da roseira foi sacada a flor,
meus olhos já não veem amor.
Lágrimas de sangue jorradas,
dia após dia,
no manto da existência.
Um estado de lamentação
que aflige a todos,
mas preocupa a poucos.
No reinado da palavra
onde se pode agredir
sem nem sequer ferir,
me esqueço de tudo.
Comutação de sentimentos,
permutação de sentidos.
Tudo é uma eterna troca.
Troca de perdão
na experiência da razão.
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