segunda-feira, 22 de novembro de 2010

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Canto literário de inspiração

Lágrimas de amores
A fazer o sol chegar
Como tudo pede força
Nos seus braços chego a delirar.

Abre o sorriso,
Deixe o canto de solidão,
Vem fazer do meu abrigo
Um ombro amigo.

Duas faces que se encontram
Numa casa aberta e fria
Unem duas almas
Numa só melancolia.
Vagando pelo deserto
Me encanto pelo perfume.
As flores que me rodeiam
Me mostram o dom do amor.

Viverei eternamente
Nessa vida de semente
Fazendo do obscuro o claro
Que me livra do amparo.

Beija-me, perfeição,
Acenda-me esse fogo,
Leve-me para onde for
Na condição de haver amor.

Nos seus braços me encanto,
Por seus sussurros não entro em prantos.
Leve-me para onde for,
Aceite minha flor.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Infinito do além

As Estrelas se mostram rutilantes,
Aparentam trivialmente distantes.
Ao Luar o infinito se encontra,
Sem dolência pelo que se conta.

Chafurdado em cada Fantasia
Mostra a Misteriosa ousadia.

O que há além da Esfera
Reflete-se na Quimera
Onde impera o contraste
Esquecendo-se do desgaste.

Sugestivo, porém obrigatório,
Rege a veracidade do compulsório.
A libertação só pode ser eficiente
Se o pensamento não for demente.

Dia após dia,
Noite beirando o dia.
O que vier depois dessa agonia
Mostrará liberdade sem o dia.

domingo, 10 de outubro de 2010

Água da Vida



Locomovendo-se como uma bailarina, ela cativa, alucina. Esse brilho intenso e perfeito, fixa olhares, gera sorrisos encantados. Mesmo que o toque seja esbraseado, a beleza que atrai o olhar é simplesmente indescritível. Uma vida tão bela, tão serena, tão interessante. Como numa sinfonia ela se deliciava. Sua casa é o mar, que sempre há de encantar, porque tanta formosura deve prevalecer e aos olhos sempre cativar.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Sem Título

Me perco nesse fogo
que me trata como louca.
Arde uma chama em mim
que não conhece o fim.
Minha calma é nervosa,
minha tensão é serena.
A garota pequena,
que sabe que vale à pena,
sou eu diariamente,
não conseguindo ser vidente.

Sigo feliz,
deixo tudo por um triz.
Sorrio sempre,
mesmo que sem querer.
Espontânea é a rutilância no olhar,
assim como no céu,
mil estrelas estão a brilhar.

Não creio no que vejo,
Porque vejo o que nunca cri.
Mas sigo sempre sorrindo,
sentindo a liberdade,
que sempre me segue.
Nessa estrada há obstáculos
com os quais aprenderei sozinha,
nessa vida sem sentido.

Pode Poder?

Creio no que não vejo. Todos se conformam com o poder. Relação de força que se esquece do amor. Não sei se vivo para ver a mudança, ou morro na esperança. Mesmo que as modificações sejam muito tardas, espero que aconteçam, porque o mundo que nos envolve é perfeito, mas nós mesmos somos cheios de imperfeições. O ser humano se relaciona todos os dias. O poder sem respeito fecha os olhos, rompe mentes e se esquece do que é essencial. Relação de força bruta. Violência mental e intelectual que aflige cada ser com o seu jeito de viver.

Relacionar não é mandar, é compartilhar. A cada palavra ou ato desrespeitoso, a moral se perde em prol da indignidade.

Sobra tanta impaciência, faz falta o amor. Desespero-me por adentrar-me na loucura dos loucos manipuladores. A demência todos os dias se torna ausência: ausência de participação, justiça e, sobretudo, liberdade.

Alienação, omissão, carência de sentimentos, racionalização falha. O mundo quer a mudança, mas se confronta com um paradoxo inexplicável, que é a falta do agir.

Desespero-me por adentrar-me na loucura dos loucos manipuladores.

Temor

A incapacidade de ver o explícito tornou-o limitado ao próprio ego. Tramando façanhas infindáveis, esqueceu-se de ser. Muito preocupado com o ter, perdeu tudo que fazia sentido.

Na verdade tinha medo: medo seguido de culpa, medo que acarretava horrores. Fez culpar-se o inocente, calar o mudo, vendar o cego. Tanta ganância sem motivo. Ele mesmo não sabia o propósito de tudo aquilo.

A complexidade dos atos, que contradiziam a razão, deixava-o confuso, sem explicação. Medo de não ser feliz, medo da saudade. Fazendo da vida uma metáfora, colocando alegria onde não há, tirando amor de quem o possui. Medo de não ser feliz, medo da saudade.

Ponto de Vista

Aquilo que da vida levamos, são aqueles que cultivamos. As pessoas vêm e vão, passam por nós por algum motivo. Aqueles embriagados na estupidez, no vício da superioridade, simplesmente se vão. A humildade do reconhecimento; o respeito da fala que falta ser refletido nos atos.

O que há de audível e esquece de ser sensível. A fala correta entra em contradição com atos estúpidos, mergulhados no vício.

Vício que fala de vício, vício que deixa viciado. Do paradoxo ao pleonasmo, a cegueira invade a razão. Vendado pela suposta racionalidade, aquele ser simplemente se fecha em um mundo unicamente dele, porém repleto de rancor e falsidade.

sábado, 11 de setembro de 2010

Cor, Brilho, Amor

Árduos tempos passaram, o brilho nos meus olhos voltou. O toque suave do passado incorpora um presente que não pensa no futuro. Elevo-me ao pico mais alto da colina, onde passo a imaginar que toco o céu. Tudo que for preciso para chegar ao infinito. Me leve contigo, para um lugar onde haja só nós dois e possamos partilhar cada momento, como se fossem primários.

O amor é a palavra que o silêncio não cala, é o grito de liberdade que acalma. Amar o outro é sentir em si duas almas, que juntas formam um só sentimento.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Doce Melodia

Ásperas como o som
elas mostram a melodia.
O toque com ar
friamente fervoroso,
faz a onda vibrar
num imenso mar de flores.

O canto dos girassóis
carrega o verde do amor.
O nada cria asas
que o fazem voar.

Não aceita mais a dor
por focar-se no amor.

Finas como o som
elas mostram a melodia.
Na brisa se acalmam
afastando a melancolia.

Esse é o meu amor,
essa é a minha paixão.
Num corpo tão perfeito
me afasta da dolência.

Angustiante é não poder
meu amor agradecer
por faltar perseverança
nessa pequena criança.

Eterna aprendiz da existência,
me encontro na demência.
Viajo em harmonia,
me completo a cada dia.

Meus ouvidos escutam flores
que não se cansam de mim.
Me fazem uma serenata de amores
que cura quaisquer dores.
O nada se eterniza
tornando belo o abstrato.

Me perco, me encontro.
Me encanto!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Interrogação

Pessoas inflexíveis que migram de local para outro, mas se fixam em um só pensamento. A minoria que usa da ética para o bem. Mesmo meio a tanto pleonasmo, o fim é falho.

O reino animal é muito diverso. A lagarta sofre metamorfose, muda de aparência e se torna borboleta. O ser humano cresce, muda de aparência, mas continua a ser meramente humano. Semelhante e diferente; estranho e normal.

Crer na mudança não passa de ter vontade de vê-la. Na prática, só alimenta uma falsa esperança, porque fé sem atitude gera mais fé; mas fé com o compromisso de realizar um desejo a qualquer custo, gera a responsabilidade de atuar.

Prosseguir no ato, em alguns casos, mostra garra, mas em outros, cegueira.

Mergulhe nos mais profundos sonhos, incorpore os mais desejados sentimentos, mas não perca nunca noção de si. O espelho reflete uma ilusão utópica e mentirosa, assim como exagerada. O sábio enxerga além do que é visto; escuta além do que é dito; reconhece em si os erros apontados nos outros.

Sábio és tu! Sabedoria tens tu! Dignidade cultivas tu! Basta olhar-te no espelho e pensar nas entrelinhas de um livro.

Que ironia! Olhar um tolo e chamar de sábio. Que mentira! Pensar em um qualquer, como essencial. Que perda de tempo! Ler essas palavras e tentar refletir. Que ironia! Que ironia!

Machado de Assis voando deixa qualquer um louco. Eu ainda persisto em me entender.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Medo de altura

Nas alturas, rumo às maravilhas.
Um leve frio toca a pele seca.
Movimento da boca que não para
fazendo com que o ouvido se comporte,
ou apenas suporte.

A timidez da solitária diferença
deixa-a acanhada a mostrar-se.
Papel junto ao colo
audição atenta ao solo.

A discrepância daquele momento
que já não era primário,
a fazia pensar
só no extraordinário.

A aflição que virava inspiração,
o medo que se tornava apego.
Aquele pensamento fixo
que a livrava de qualquer mal.

Aquele português de Portugal
que lhe parecia tão fenomenal.
Nobres e plebeus
cultivando um tormento calmante.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Ver para crer, crer para ver

Perde a vontade de ser
por acomodar-se no querer.
Perde a vontade de amar
porque sabedoria não há.

Proteja o corpo,
racionalize a mente.
Pense no amor
daquele que ainda o sente.

Não se esqueça de notar
que tudo um dia pode acabar
e você se arrepender
sem ter para onde correr.

Realiza o ato do inimigo
de forma distinta,
porém semelhante.
Perde-se em contradição.

Cada dia, cada momento
se esvai no ato de estupidez.
Excessiva culpa por não saber,
excessivo excesso por não controlar.

Proteção, sabedoria, amor.
Tente curar minha dor
e saiba que ainda pode amar
sem sacrifício ou ressentimento de falhar.

Apego que não se julga,
dor que não se cura.
Aflige cada ser
no seu modo de viver.

Crer para ver,
ver para sentir.
Não creio, pois não vejo
a mudança que desejo.

Liberdade de agir,
sem o outro ferir.
Liberdade de sonhar,
sem o outro magoar.

A cegueira pelo que se tornou trivial
me afunda em profundo mal.
Me perco na vontade de ter
aquilo que não há.

Fixo-me no inexistente,
pela esperança de sentir.
Sentir o amor,
que acaba com toda a dor.

De sorrisos surgem lágrimas
que não se apagam por nada.
Máscara de alegria
que esconde a covardia.

Aquela nostalgia
que não parava de me agredir
torna-se fantasia
da qual eu quero fugir.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Esperançosa tristeza

O sangue bombeia com maior intensidade; meus sentidos parecem ficar mais apurados; meus olhos brilham como a lua cheia no campo; minha pupila dilata com a adrenalina liberada; mãos inquietas se encontram na ansiedade; minha alma se eleva tanto que fico fora de mim. Aquele olhar penetrante se junta ao cheiro inconfundível e me enlouquece de forma a ser prazeroso e ao mesmo tempo triste. Toda aquela sensação, que eu não consigo esconder, pode se tornar um vício. Fico dependente daquele amor que não existe. Acabo por padecer-me cada dia mais com a falta daquilo e me confundo internamente. Não sei se sofro sem o tal amor, que me deixa tão inquieta e que, quando junto a mim, me faz delirar em sonhos magníficos, voar até a mais alta nuvem, rumo ao universo; ou se sofro com a realidade desse sonho, que é interrompida pela presença de um intruso indesejado, depreciador, habitual e desfavorecedor. Ele se entrega a essa trivialidade e se perde meio a tanta vontade.
Eu queria poder (ou saber como) fugir dessa angústia que me aflige tão profundamente; libertar-me desse bem, que com a rotina se torna mal. Mas não posso, não consigo. Sinto-me presa àquele sentimento bom, àquela proximidade tão tentadora; mas quando a distância é colocada, vejo que não há amor, não há paixão. Chafurdo-me em ilusão. O que me resta é a esperança da metamorfose do ser, que, como dizem, é a última a morrer.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Passado ainda presente

A união pode fazer a força, mas quando não é de bom grado, torna-se fraqueza. São dois lados da mesma moeda, que nunca se encontrarão. Perto do amor comum, a distância separa seres contrários, distintos, inigualáveis. Arrependimento não é a palavra correta a ser usada, porque o que passou já foi feito e não há como voltar. Novos tempos caminham para todos. Eis o início de uma nova era! Alegria, união, amor. Companheiros diferentes e, quando inseridos em imensa falsidade, iguais. Tudo assim vai, vai, vai... Até chegar o fim do passado e a vivência do futuro, que já está presente.

Certamente Duvidoso

Eu aposto na luz do fogo, ela me mostra a escuridão. No calor das chamas, entrego-me a amores inexistentes. Viajo em pensamentos distantes que vagam por universos paralelos e me mostram o sentimento. Não sei explicar o que sinto, não sei o que fazer para afogar essa dor. A saudade de tudo se dissolve na dúvida da falta. Contradigo-me em pensamentos e não compreendo meus possíveis atos. Assim vou, sem saber o que fazer ou para onde ir, visando realidades diferentes de um mesmo fato, na procura do saber.

domingo, 6 de junho de 2010

Esquecimento

O vento que soprava fortemente caracterizava a noite fria e nublada. Ao doce som da música ele se deliciava. Deitado em sua cama macia e aconchegante, perdia-se em pensamentos vagos e ao mesmo tempo conturbados. Não sabia o que fazer, sentir, ou pensar. Em sua mente estavam distantes tempos que não eram mais reais. Angustiado em autocomiseração, com as mãos vendando os olhos, ele tentava desapegar do que o atraía. Nada era possível, mas o impossível não existia. Aqueles momentos jaziam acabados há muito tempo, porém restava a lembrança do que foi sincero, puro, valorizado e digno. Aquele amor já não mais pertencia à sua vida, mas para ele nada era capaz de chafurdá-lo em si.
O tempo passava e cada dia havia maior encantamento pelo que foi perdido, na esperança de reaver ou no medo de se esquecer. As peculiaridades do sentimento foram dissolvidas em saudade, que tornava a dor cada vez mais árdua. Ele temia que aquilo fosse perpétuo e que a triste invasão emocional se tornasse trivial. Não podia ocorrer, a tristeza era mais escabrosa que qualquer outra dor. Se continuasse assim não aguentaria prosseguir, isso tinha que passar.
...
Não passou, mas amenizou e mostrou-o que há mais flores que espinhos nesse jardim.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Severas Objeções

Angustiante, porém enobrecedor.
O sentimento da precípua base,
coloca-me no lugar de todos,
onde não há ninguém.

No furto da alteridade
perde-se na própria dor,
no ressentimento de ser.

Ser o que quer na tentativa
de ocultar o que realmente é.

Da roseira foi sacada a flor,
meus olhos já não veem amor.
Lágrimas de sangue jorradas,
dia após dia,
no manto da existência.

Um estado de lamentação
que aflige a todos,
mas preocupa a poucos.

No reinado da palavra
onde se pode agredir
sem nem sequer ferir,
me esqueço de tudo.

Comutação de sentimentos,
permutação de sentidos.
Tudo é uma eterna troca.
Troca de perdão
na experiência da razão.