quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Sem Título

Me perco nesse fogo
que me trata como louca.
Arde uma chama em mim
que não conhece o fim.
Minha calma é nervosa,
minha tensão é serena.
A garota pequena,
que sabe que vale à pena,
sou eu diariamente,
não conseguindo ser vidente.

Sigo feliz,
deixo tudo por um triz.
Sorrio sempre,
mesmo que sem querer.
Espontânea é a rutilância no olhar,
assim como no céu,
mil estrelas estão a brilhar.

Não creio no que vejo,
Porque vejo o que nunca cri.
Mas sigo sempre sorrindo,
sentindo a liberdade,
que sempre me segue.
Nessa estrada há obstáculos
com os quais aprenderei sozinha,
nessa vida sem sentido.

Pode Poder?

Creio no que não vejo. Todos se conformam com o poder. Relação de força que se esquece do amor. Não sei se vivo para ver a mudança, ou morro na esperança. Mesmo que as modificações sejam muito tardas, espero que aconteçam, porque o mundo que nos envolve é perfeito, mas nós mesmos somos cheios de imperfeições. O ser humano se relaciona todos os dias. O poder sem respeito fecha os olhos, rompe mentes e se esquece do que é essencial. Relação de força bruta. Violência mental e intelectual que aflige cada ser com o seu jeito de viver.

Relacionar não é mandar, é compartilhar. A cada palavra ou ato desrespeitoso, a moral se perde em prol da indignidade.

Sobra tanta impaciência, faz falta o amor. Desespero-me por adentrar-me na loucura dos loucos manipuladores. A demência todos os dias se torna ausência: ausência de participação, justiça e, sobretudo, liberdade.

Alienação, omissão, carência de sentimentos, racionalização falha. O mundo quer a mudança, mas se confronta com um paradoxo inexplicável, que é a falta do agir.

Desespero-me por adentrar-me na loucura dos loucos manipuladores.

Temor

A incapacidade de ver o explícito tornou-o limitado ao próprio ego. Tramando façanhas infindáveis, esqueceu-se de ser. Muito preocupado com o ter, perdeu tudo que fazia sentido.

Na verdade tinha medo: medo seguido de culpa, medo que acarretava horrores. Fez culpar-se o inocente, calar o mudo, vendar o cego. Tanta ganância sem motivo. Ele mesmo não sabia o propósito de tudo aquilo.

A complexidade dos atos, que contradiziam a razão, deixava-o confuso, sem explicação. Medo de não ser feliz, medo da saudade. Fazendo da vida uma metáfora, colocando alegria onde não há, tirando amor de quem o possui. Medo de não ser feliz, medo da saudade.

Ponto de Vista

Aquilo que da vida levamos, são aqueles que cultivamos. As pessoas vêm e vão, passam por nós por algum motivo. Aqueles embriagados na estupidez, no vício da superioridade, simplesmente se vão. A humildade do reconhecimento; o respeito da fala que falta ser refletido nos atos.

O que há de audível e esquece de ser sensível. A fala correta entra em contradição com atos estúpidos, mergulhados no vício.

Vício que fala de vício, vício que deixa viciado. Do paradoxo ao pleonasmo, a cegueira invade a razão. Vendado pela suposta racionalidade, aquele ser simplemente se fecha em um mundo unicamente dele, porém repleto de rancor e falsidade.

sábado, 11 de setembro de 2010

Cor, Brilho, Amor

Árduos tempos passaram, o brilho nos meus olhos voltou. O toque suave do passado incorpora um presente que não pensa no futuro. Elevo-me ao pico mais alto da colina, onde passo a imaginar que toco o céu. Tudo que for preciso para chegar ao infinito. Me leve contigo, para um lugar onde haja só nós dois e possamos partilhar cada momento, como se fossem primários.

O amor é a palavra que o silêncio não cala, é o grito de liberdade que acalma. Amar o outro é sentir em si duas almas, que juntas formam um só sentimento.