A incapacidade de ver o explícito tornou-o limitado ao próprio ego. Tramando façanhas infindáveis, esqueceu-se de ser. Muito preocupado com o ter, perdeu tudo que fazia sentido.
Na verdade tinha medo: medo seguido de culpa, medo que acarretava horrores. Fez culpar-se o inocente, calar o mudo, vendar o cego. Tanta ganância sem motivo. Ele mesmo não sabia o propósito de tudo aquilo.
A complexidade dos atos, que contradiziam a razão, deixava-o confuso, sem explicação. Medo de não ser feliz, medo da saudade. Fazendo da vida uma metáfora, colocando alegria onde não há, tirando amor de quem o possui. Medo de não ser feliz, medo da saudade.
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